sábado, 29 de junho de 2013

SUS vai oferecer a vacina contra o HPV

O Ministério da Saúde vai incorporar a vacina contra HPV no calendário nacional. O imunizante, que hoje só é disponível em clínicas particulares, passará a ser encontrado no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina é usada para reduzir o risco de casos de câncer de colo de útero.

A infecção pelo HPV é comum e, na maioria dos casos, regride espontaneamente. No entanto, em um pequeno número de casos a infecção se mantém, aumentando o risco do surgimento de lesões. Quando não tratadas, elas podem levar ao câncer de colo de útero, de vagina e boca.

Treze tipos de HPV trazem maior risco de provocar lesões. São considerados de alto risco para câncer os de número 16 e 18. Estatísticas mostram que eles estão presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são não oncogênicos.

Há duas vacinas no mercado. A bivalente, produzida pela GlaxoSmithKline, protege contra HPV 16 e 18. A vacina quadrivalente, produzida pela MerckSharp&Dohme, dá proteção contra o HPV 6, 11, 16 e 18.

Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a ampliação da faixa etária para o uso da vacina bivalente de HPV. Antes da decisão, o imunizante era indicado para mulheres entre 10 e 25 anos. Com a mudança, seu uso pode ser feito por meninas a partir dos 9 anos. A mudança foi feita a pedido da fabricante, a GlaxoSmithKline. A decisão vale para a bivalente. A quadrivalente é registrada na Anvisa para uso em mulheres e homens com idade entre 9 e 26 anos.

Até esta semana, as duas vacinas estão disponíveis apenas em clínicas particulares. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, tanto a vacina bivalente quanto a quadrivalente são mais indicadas para meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, isso porque apresentam maior eficácia na proteção de pessoas que nunca tiveram contato com os tipos virais das vacinas. Países que adotam a vacinação em programas nacionais de imunização o fazem na faixa etária de 9 a 13 anos.

Fonte: Estadão

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Novo teste identifica risco de diabetes gestacional

Um novo exame pode ajudar os médicos a detectarem quais pacientes têm alto risco de desenvolver diabetes gestacional. O problema costuma aparecer no segundo trimestre da gravidez porque alguns hormônios produzidos pela placenta podem levar à resistência da ação da insulina, responsável por equilibrar o nível de açúcar no sangue.

Se tratada corretamente, a diabetes gestacional pode ser controlada, mas sem acompanhamento médico ela aumenta o risco de parto prematuro, pré-eclâmpsia e pressão alta da mãe. É por isso que os médicos geralmente pedem que a gestante façam um exame chamado glicemia de jejum, para saber se o nível de glicose no sangue está normal. A boa notícia é que o novo exame pode identificar o risco de diabetes gestacional antes mesmo de ela se manifestar, possibilitando uma intervenção precoce.

O estudo que avaliou essa nova possibilidade foi publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, uma publicação científica de endocrinologia. Os pesquisadores mediram o nível de uma substância chamada receptor (pro)renina no sangue de 716 mulheres no primeiro trimestre de gestação. Elas foram acompanhadas durante toda a gravidez. 

Entre as participantes, 44 desenvolveram diabetes gestacional. Analisando os dados, os responsáveis pelo estudo descobriram que aquelas que já apresentavam altos níveis de (pro)renina tiveram 3 vezes mais chances de desenvolver o problema.
“Mulheres que não apresentam os fatores de risco tradicionais para desenvolver diabetes gestacional podem não ser diagnosticadas antes do segundo semestre. O método identificado nesse estudo oferece às gestantes a oportunidade de conhecer seu risco mais cedo”, afirmou em nota Atsuhiro Ichihara, um dos autores e pesquisadores da Universidade de Medicina da Mulher de Tóquio.
Fonte: Crescer